promessas
e o mundo segue girando em um ritmo estranho.
caros leitores, boa noite.
acordei hoje pensando em como, muitas vezes, a gente se sabota — e nem percebe.
às vezes é o texto que não sai.
às vezes é a ideia que a gente deixa quieta porque “ninguém vai ler mesmo”.
ou aquela sensação de que já tem gente demais opinando, então talvez seja melhor ficar em silêncio.
mas será mesmo?
a gente faz promessas pra si como quem negocia um cessar-fogo improvável:
“amanhã eu começo”, “semana que vem eu escrevo”, “no próximo domingo eu posto”.
e segue adiando o inevitável —
como certos países que prometem paz enquanto distribuem armas por baixo da mesa.
e tudo isso mediado por um personagem curioso, que adora ouvir a própria voz
e acredita ser o centro do mundo.
é curioso como o tal “sonho americano” ainda seduz tanta gente,
mesmo que, por trás da vitrine, o que se venda seja só medo, controle e espetáculo.
propagandas bem-feitas. promessas infladas. silêncios estratégicos.
e a gente, às vezes, imita sem perceber.
então, a partir dessa inquietação, faço aqui uma promessa pública, que talvez eu me arrependa, mas quem se importa?
vou tentar — com todos os tropeços e vírgulas tortas —
escrever e postar um texto por semana até o fim das minhas férias.
pra atualizar vocês, mas porque preciso,
falar do que vejo, do que vivo e do que me atravessa —
inclusive (e principalmente) o que preferem que a gente esqueça.
se quiserem vir junto nessa caminhada,
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se você ficou até o final, aqui a minha gratidão. 🫶🏻
com afeto e coragem,
gabi.